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FAMOSIDADES
Por ANDRÉ NADDEO, enviado especial ao Rock in Rio
RIO DE JANEIRO - É hora de começar a adiantar os trabalhos para o próximo Rock in Rio. Dois anos passam muito rápido e temos a missão de providenciar de antemão os arquivos que serão usados para contar os micos da quarta edição brasileira do festival.
O leitor que conferiu as curiosidades envolvendo os eventos de 1985, 1991 e 2001, aqui mesmo no site especial do MSN Entretenimento, confere nas próximas páginas os fricotes, os barracos, os causos que causaram (trocadilho péssimo!) em sete dias que pareceram oito, graças a perfeita organização de Axl Rose para encerrar o último show às 05h05.
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O mico da área vip - parte 1
Maria Gadú foi uma das primeiras artistas a se apresentarem no Rock in Rio, ao participar do show dos Paralamas do Sucesso com os Titãs. O que a cantora de MPB não esperava era que, após sua “palinha”, não pudesse ficar mais no festival. Foi na base do chega, canta e vai embora.
“Como assim, gente? A gente canta e não consegue ficar no festival. Eu vim pra ver Elton John também. Fiquei decepcionada com a organização. Só continuei aqui porque um amigo arranjou uma pulseira para mim. Se não fosse por eles, eu nem estava mais aqui”, contou Gadu, indignada, a repórter Juliana Kalil, do Famosidades.
Depois, em seu blog na internet, acrescentou que após a insistência teve dois ingressos de pista oferecidos pela produção, mas Gadu não queria era sair da área vip: “Imagina só eu e o Herbert Vianna na pista!”, postou. Não deixou de ser um mico para todos os envolvidos.
André Muzell / AgNews
Trocando o Big Bob pelo Big Mac
Esquecer o nome de um dos vários patrocinadores do megaevento numa entrevista ao vivo é algo totalmente compreensível, mas trocá-lo pelo nome do maior concorrente foi uma gafe daquelas; pior ainda foi não ter sido corrigida nem pelo entrevistado, nem pelas duas apresentadoras do Multishow.
O personagem em questão, é “o homem” do Rock in Rio, Roberto Medina. Gente boa, e sempre solícito, o presidente do evento falava sobre números da organização quando trocou o nome do parceiro Bob´s pelo arquirrival McDonald´s. Que beleza!
Sempre gente boa e solícito, Medina comentava o fato da rede de fast food Bob´s ter batido o recorde de hambúrgueres vendidos em um só dia, no primeiro sábado de evento, com 79 mil sanduíches consumidos. Marca que supera o McDonald´s, em 1985, quando num só dia do festival foram consumidos cerca de 58 mil lanches.
Mauricio Santana / Divulgação Rock in Rio
#claudiarreia não aguentou as gozações
Claudia Leitte é uma artista competente dentro do seu nicho, e sua carreira prova isso. Só faltou encarnar o espírito pop do festival e seguir o lema que diz que não se mexe em time que está ganhando. Claudia mexeu: tocou “Satisfaction” (Rolling Stones), e até Led Zeppelin. Claro que ficou bizarrão. Ainda inventou de ser içada em seu gran finale. Deveria ter seguido com o seu axé-micareta, como fez Ivete.
A hashtag #sentalaclaudia veio logo após a apresentação da “rival” baiana e foi direto para os TTs, lembrando que ela já havia sido massacrada com o #claudiarreia nas redes sociais. Claudia Leitte afiou a língua e desabafou em blog: “Artistas internacionais vêm pra cá, mostram a b..., atrasam-se por duas horas porque estão dando uma festinha no camarim, não conseguem conciliar a respiração com o canto, não preparam espetáculos para o nosso povo, desafinam, enfim, pouco se importam conosco, querem beijar na boca, ir à praia e tomar nossa cachaça, e nós, que pagamos caro para assistir aos seus 'espetáculos' em nossa terra, aplaudimos a tudo isso", afirmou.
A declaração foi em clara referência a Rihanna e Katy Perry, que saíram pela “night” do Rio – a cantora de Barbados, que chegou mais cedo, ainda deu boas bebericadas em um hotel de luxo em Ipanema, e na praia também, prato cheio para os paparazzi. Um barraco extremamente desnecessário.
Márcio Ogata
A rede de esgoto falha e o povo não ajuda
São dois os problemas que envolveram os banheiros da quarta edição brasileira do Rock in Rio. Um técnico, e outro de comportamento. O sistema de esgoto construído para o festival, medida até acertada pensando que os banheiros químicos sempre ficam impraticáveis uma hora ou outra, não deu conta da “demanda”.
Aconteceram casos de entupimento, com vazamento na área externa da estrutura, inclusive na sala de imprensa (no primeiro domingo de shows), que ganhou uma poça de urina que interditou uma parte da entrada do local. O cheiro era terrível. Nos dias seguintes o problema do esgoto foi resolvido, mas não o das poças: desta vez culpa de gente que insiste em não ter o mínimo de educação e urina fora do mictório.
Divulgação / Rock in Rio
O mico da área vip - parte 2
Obrigar o profissional da imprensa a assinar um termo em que se diz ciente do fato de ser proibido comer na área vip do festival, que todo aquele requinte do nobre espaço era somente para os convidados, foi um mico e tanto da organização do Rock in Rio. Foi uma mensagem subliminar de que os jornalistas não eram bem vindos ali.
Outra prova disso foi o tempo permitido de permanência no local: apenas trinta minutos em três turnos – os repórteres deixavam o nome na lista e esperavam a vez. Quando chegava a hora, trocavam as credenciais do evento por coletes amarelo espanta-bolinho. Mais fácil, então, seria deixar apenas para os patrocinadores mesmo, que pagaram, e pronto, entrevistam os famosos presentes, por direito adquirido. Teve repórter que até ganhou quitutes de colega de veículo patrocinador, indignado com a medida.
AGNews
Saiam todos da frente, fechem o camarote!
É um direito de qualquer pessoa não querer ser fotografada, filmada, ter contato com quem quer que seja, principalmente em seus momentos íntimos. Em se tratando de um evento como o Rock in Rio, no entanto, a figura do artista recluso não cabe. O evento é muito maior, e quem não gosta de aparecer que fique em casa, certo?
Não foi bem o que aconteceu com a filha da apresentadora Xuxa. Sasha chegou a um dos camarotes do evento, e assim que colocou os pés dentro, obrigou os organizadores a fecharem o acesso. Ninguém entrava mais. Fotógrafos impedidos de fazer imagens pelos seguranças. E a garota ainda ficou num canto escondido, às escuras, às vezes até com cara de assustada, conversando com alguns poucos amigos. Precisava disso tudo?
Divulgação / Rock in Rio
Que cara é essa, que roupa é essa, que atitude é essa?
Nem nos bailes funk do Rio de Janeiro o estilo “cachorra” da norte-americana Ke$ha agradaria. Sua rebeldia é fake – quebrar uma guitarra à la Kurt Cobain foi uma bobagem. Tocou um par de hits e perdeu-se até no meio de um descarado playback. A postura “horny” é um porre, e o glítter que lembra Silvio Santos com “Qual é a Música?” completam o mico que foi a apresentação da cantora no Rock in Rio. Prêmio pelo conjunto da obra.
Divulgação / Rock in Rio
Erra é humano, repetir o erro é...
Após um show morno no ano passado, em São Paulo, o Snow Patrol tinha a chance de se reconciliar com o Brasil no Rock in Rio. Tanto que os britânicos até tentaram caprichar mesmo: chamaram a Mariana Aydar para cantar no palco “Set Fire in The Third Bar”, escolheram sucessos para o set list, mas ao tentarem corrigir o erro de outubro de 2010, quando “gastaram” seu maior hit na abertura do show, eles simplesmente erraram a introdução de “Open Your Eyes”, no encerramento, a música que todos estavam ali para ouvir e ver para crer.
Um problema técnico foi alegado pelos produtores, mas o estrago já estava feito: a chance de fechar uma apresentação para lá de apática com um sucesso que pipocou por muito tempo nas rádios brasileiras desceu ralo abaixo. “Isso é muito difícil de acontecer. Espero que vocês continuem no mesmo ritmo”, disse o líder e vocalista Gary Lightbody, antes do recomeço da canção. Não adiantou: o público não foi mais o mesmo e a performance, uma das mais fracas de todo o Rock in Rio.
André Naddeo
Filas castigaram o público
Quem esteve no primeiro final de semana do Rock in Rio sofreu para comer e beber. A organização proibiu em seu site oficial o ingresso de alimentos e bebidas dentro da Cidade do Rock. O resultado foram filas gigantescas para se comprar uma simples cerveja – já que os “homens-chopp”, que ficam com um mini-barril nas costas, também não davam conta da demanda.
Sem outra opção, muita gente perdeu horas na fila enquanto rolavam os shows do palco Mundo. Ficou faltando também funcionários em maior número e mais capacitados, já que muitos faziam o serviço pela primeira vez na vida, e tinham dificuldade em dar agilidade ao atendimento. Após ser notificada pela Delegacia do Consumidor, a organização liberou a entrada de alimentos, as lanchonetes aumentaram o contingente e os problemas foram sanados nos quatro dias restantes.
Divulgação / Rock in Rio
Os "mão-leves" e as tentativas de invasão
Para 2013 o Rock in Rio já prometeu que venderá menos ingressos por dia (15 mil) o que deve melhorar o tráfego e diminuir a chance dos “mãos-leves” atacarem – que proporcionaram a maior parte dos boletins ocorrência. O festival, porém, precisa tem outra grande missão para daqui a dois anos: rever também todo o seu aparato de segurança. A Cidade do Rock se mostrou frágil com as tentativas seguidas de invasão – a mobilização da PM também foi tardia, principalmente no último dia, quando o clima ficou mais tenso com o desabamento de um tapume que deixou nove feridos. Em outro episódio, a reportagem do MSN entretenimento presenciou a movimentação dos seguranças atrás de dois homens que conseguiram pular o muro e se misturar a multidão.
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